domingo, 10 de fevereiro de 2008

ORIUNDI - Giornalismo fatto con passione

Imigração/Immigrazione
Déficit demográfico na União Européia: "sim, necessitamos da imigração", afirma eurodeputada [it]
Sexta-Feira - 08/02/2008


Eurodeputada Françoise Castex: É urgente que os Estados-Membros tenham uma abordagem serena da imigração e digam que "sim", temos necessidade de imigração, não apenas para os próximos anos, mas porque faz parte da nossa história. Foto: Parlamento Europeu

Em 2050, a idade média na UE deverá ser de 49 anos e as mulheres europeias têm menos filhos do que seria necessário para impedir o declínio demográfico. A insegurança econômica, a incerteza relativa ao futuro e os esquemas de emprego desatualizados são apenas algumas das razões apontadas pela eurodeputada socialista francesa Françoise Castex, autora de um relatório sobre o futuro demográfico da Europa. Na entrevista que se segue, Castex desenha um quadro geral da situação demográfica europeia.

As previsões demográficas são alarmantes para a Europa: já é tarde demais para agir?

"São apenas previsões. Dispomos atualmente de dados estatísticos que permitem prever um problema demográfico em 2050: entre o dia de hoje e o ano 2050 passaríamos de uma idade média de 39 anos para 49 anos. Entre os problemas que podem resultar desse fato incluem-se a diminuição do número de pessoas em idade ativa e um aumento da procura de cuidados de saúde, uma vez que as pessoas mais idosas têm mais necessidade desses cuidados. Tudo isto representa um problema para as finanças públicas e para o dinamismo geral da União Européia. Mas existem margens de ação, tanto em termos de pleno emprego como de natalidade".

A natalidade é muito baixa: como incitar os casais a terem filhos?
"Uma taxa de natalidade média de 1,2 é anormalmente baixa e sabemos que podemos elevar essa média através de políticas adequadas. O modelo da família numerosa não regressará, porque os modelos familiares evoluem e o papel da mulher na sociedade mudou: no séc. XX as mulheres aprenderam a controlar a sua fecundidade, designadamente através da contracepção. Ao mesmo tempo, a insegurança econômica e o receio do futuro são uma barreira considerável à natalidade. Quando estamos desempregadas ou não somos capazes de projetar os próximos 5 ou 10 anos, hesitamos em ter filhos.

Que medidas poderão favorecer a natalidade? Contrariamente ao que se pensava em determinados países, como a Alemanha, o trabalho das mulheres não é uma barreira à natalidade. Pelo contrário, é necessário ajudar as mulheres a conciliar a vida profissional com a vida familiar. Os Estados-Membros devem implementar estruturas de acolhimento para as crianças. Os estudos demonstram que os casais gostariam de ter mais filhos, o que significa que existe uma margem de progressão, mas para que essa progressão se verifique é necessário tomar as medidas adequadas para favorecer a natalidade."

A população ativa diminui: será necessário prolongar a vida ativa para além dos 70 anos, ou alterar o regime de reforma?

"A ideia dominante é efetivamente a de prolongar a vida activa e fala-se em aumentar a idade da reforma. Atualmente, a maioria das pessoas começa a trabalhar entre os 25 e os 30 anos e a taxa de emprego diminui acentuadamente a partir dos 51, 52 anos. Eu defendo que devemos começar por analisar as margens de progressão existentes na população activa e fazer com que todas as pessoas tenham 40 anos de vida activa! Penso que, a partir de 2010, o objetivo do pleno emprego será cada vez mais alcançável e necessário.

No meu relatório, proponho a noção de ciclos de vida ativa. Se pretendemos ser a economia mais competitiva do mundo, é necessário adotar uma verdadeira política de formação, de planos de carreira, de organização de itinerários profissionais ao longo do ciclo de vida ativa, ou seja, durante 40 anos.

Atualmente, a taxa de emprego dos activos idosos é reduzida porque as empresas preferem os jovens e não proporcionam formação suficiente aos seus assalariados. É um cálculo errado: as empresas devem integrar a formação nas suas despesas de investimento, porque rapidamente se irão aperceber que existe falta de mão-de-obra, a qual não pode ser exclusivamente resolvida através da imigração escolhida."

Falou na questão da imigração que é, por um lado, motivo de preocupações para algumas pessoas e, por outro, uma possível solução apontada por diversos demógrafos. Como resolver esta contradição?

"É urgente que os Estados-Membros tenham uma abordagem serena da imigração e digam que "sim", temos necessidade de imigração, não apenas para os próximos anos, mas porque faz parte da nossa história. A imigração para a União Europeia não é um dado novo, é necessário aceitá-lo.

A imigração escolhida, de acordo com a qual se temos necessidades de enfermeiros, autorizamos a imigração de um determinado número de enfermeiros, não é uma solução. As pessoas não são máquinas: são pessoas que se podem apaixonar no país de destino e nele pretender ficar e constituir família. Nesse sentido, penso que não podemos ter uma abordagem puramente econômica e quantitativa da imigração. Temos necessidade dessa imigração, também para nos renovarmos. Por isso, antes de ver se temos necessidade de aumentar a imigração, devemos geri-la de uma forma serena." (Parlamento Europeu)


Approccio sereno verso l'immigrazione

Con tassi di fertilità in costante calo il vecchio continente si appresta a divenire di fatto la "vecchia Europa": se la tendenza non sarà invertita entro il 2050 l'età media potrebbe infatti raggiungere quota 49. Insicurezza economica, trade-off vita privata e vita lavorativa, in particolare per le donne, e modelli occupazionali inadeguati sono alcune delle cause alla base del deficit demografico europeo secondo Françoise Castex, eurodeputata francese del gruppo socialista (PSE) e autrice della relazione del Parlamento sul futuro demografico dell'Unione europea.

A due settimane dal voto in plenaria le abbiamo chiesto di disegnarci il quadro della situazione.

Lo scenario demografico è allarmante: è ancora possibile agire?

"Sono solo delle previsioni", fa notare la Castex, ma se confermato questo trend "potrebbe influire sulla diminuzione del numero delle persone in età lavorativa, situazione che si andrebbe a sommare al conseguente aumento delle cure sanitarie per il maggior numero di persone anziane....un problema per le finanza pubbliche e in generale per il dinamismo dell'Ue", ritiene la deputata francese.

Come si possono favorire le donne per mettere al mondo più figli e invertire così la tendenza?

"Con delle politiche appropriate", spiega la Castex, che parla di un innaturale tasso di nascita, fermo all'1,2. "Certo, lo schema familiare di un tempo non ritornerà, oggi è evoluto, anche per il rinnovato ruolo della donna nella società, per la possibilità di regolare la propria fertilità, in particolare con la contraccezione. La Castex cita però altre cause: "L'insicurezza economica e l'incertezza del futuro".

La deputata francese non ritiene infatti che il lavoro delle donne rappresenti un freno per la natalità: "Dobbiamo aiutare le donne a conciliare vita privata e professionale; gli Stati membri debbono mettere a disposizione strutture d'accoglienza per bambini". E aggiunge: "Gli studi confermano che le coppie desiderano più figli di quanti non ne abbiamo, esiste dunque un margine di miglioramento".

La popolazione in età lavorativa diminuisce. La soluzione è allungare la "vita attiva" oltre i 70 anni o vanno rivisti i modelli pensionistici basandosi sulla solidarietà?

"L'idea dominante è certamente quella di prolungare l'età lavorativa oltre la soglia dei 70 anni", dice la relatrice francese. "Nel testo da me proposto però introduco il concetto di "ciclo di vita attiva". Se vogliamo divenire l'economia più competitiva al mondo dobbiamo predisporre politiche per la formazione e itinerari professionali durante tutto l'arco della vita, e così arriveremmo a circa 40 anni di età attiva".

"Oggi i tassi di occupazione per le persone over 50 sono bassi e ciò perchè le imprese puntano sulla flessibilità, sui bassi costi dell'impiego giovanile, non investendo nella formazione". E questo "è un modello sbagliato", ammonisce l'eurodeputata che consiglia alle imprese di "integrare la formazione nei piani di investimento aziendali". "L'immigrazione cinese da sola non basta", ironizza.

L'immigrazione è da taluni vista come risorsa, da altri come minaccia. Secondo lei può rappresentare una soluzione al deficit demografico?

"Gli Stati membri devono avere un approccio sereno nei confronti dell'immigrazione", dichiara la Castex, che va oltre: "Abbiamo bisogno dell'immigrazione non solo per gli anni a venire, ma anche per la nostra storia, per noi europei, infatti, non è un fatto nuovo".

"Non dobbiamo mantenere solo un approccio economico e quantitativo al fenomeno, accogliendo solo gli immigrati dei quali abbiamo bisogno, penso ad esempio agli infermieri, questa non è la soluzione. Le persone non sono delle macchine, hanno dei sentimenti....abbiamo bisogno dell'immigrazione anche per rinnovarci e quindi gestiamola nel modo più sereno possibile".

Redação revista eletrônica Oriundi

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