sábado, 26 de julho de 2014

Presidente qualifica nota do Santander como Terrorismo econômico e banco recua!

Sucesso de Dilma deteriora economia, diz Santander a clientes ricos

Fernando Rodrigues
25/07/2014 07:12
O Banco Santander enviou neste mês de julho de 2014 aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.
A análise foi impressa na última página do extrato dos clientes na categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil. Diz que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.
O texto vem sob o título “Você e seu dinheiro” e orienta os clientes do Santander: um cenário eleitoral favorável à petista reverterá “parte das altas recentes” na Bolsa.
Eis a reprodução do extrato:
Reprodução
O documento do Santander ao seus correntistas mais abastados contém uma análise que já frequentava o mercado financeiro brasileiro de forma difusa, mas nunca de maneira institucional por um grande banco.
Esse tipo de comportamento do mercado não é novo. Desde a primeira eleição direta pós-ditadura ocorrem interpretações nesse sentido. Em 1989, o empresário Mário Amato deu uma entrevista dizendo que se o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse naquele ano, 800 mil empresários deixariam o Brasil.
Em 2002, quando o mercado financeiro novamente ficou apreensivo com uma possível vitória de Lula, o analista Daniel Tenengauzer, do banco Goldman Sachs, chegou a inventar o “lulômetro”, que previa a cotação futura do dólar caso o petista fosse eleito. Tenengauzer acabou repreendido pelo banco, que considerou “leviano” e de “mau gosto” o nome de seu modelo matemático.
O Santander confirmou a autenticidade do documento ao qual o Blog teve acesso. Em nota, disse adotar critérios “exclusivamente técnicos” em suas análises econômicas, “sem qualquer viés político ou partidário”.
O banco reconhece que o texto enviado a seus clientes “pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz” (de se ater a análises mais técnicas). A instituição emitiu uma nota na qual pede desculpas ao seus correntistas e diz que adotará providências internas.
De capital espanhol, o Santander é o 5º maior banco e o 1º estrangeiro em atuação no Brasil. Fica atrás de Banco do Brasil, Itaú, Caixa e Bradesco. Em 2000, massificou sua operação de varejo ao comprar o Banespa, o antigo banco estatal que pertenceu ao governo paulista.
Abaixo, a íntegra da nota do Santander:
“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’, no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação.”
P.S. às 15h de 25.jul.2014: Na tarde desta 6ª feira, o Santander colocou um grande anúncio em sua página na internet em que pede desculpas pelo texto e reitera “sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”. O site Muda Mais, vinculado à campanha de reeleição de Dilma Rousseff, também publicou nota acusando o banco Santander de fazer “terrorismo econômico” contra o governo petista.
(Bruno Lupion)
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terça-feira, 22 de julho de 2014

Fwd: Se dependesse só do "Mais Médicos"...


 
  22-07-2014
 
 

 

Se dependesse só do "Mais Médicos"...

 
 

Gregorio Vivanco Lopes 

 
 

 

 

     O programa "Mais Médicos" visava, dizia-se, atender à necessidade premente de profissionais da medicina existente no interior do Brasil.

Porém, logo ficou claro que ele tinha também outra finalidade, não confessada, de transferir dinheiro para o combalido governo comunista de Cuba, vítima de sua própria ideologia malsã.

Mas havia ainda uma terceira finalidade, tão oculta quanto a anterior: a de servir de plataforma política para as candidaturas do então Ministro da Saúde, Alexandre Padilha (ao governo de São Paulo) e de Dilma Rousseff (à presidência).

O "Mais Médicos" tampouco estava alheio a uma série de problemas, pois durante a sua aplicação foram se revelando a deserção de diversos cubanos, o escândalo do baixo salário que recebiam, e a fiscalização que sofriam por parte de agentes da ilha comunista que os vigiavam.

Apesar de tudo isso, um editorial de "O Estado de S. Paulo" (9-6-14) informa que o novo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, resolveu "muito provavelmente" estender o programa por mais três anos.

Para o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, a prorrogação expõe a falta de planejamento: "O Brasil continua improvisando em muita coisa. O governo está enganando a população, dizendo que vai resolver o problema da saúde."

Em nota igualmente dura, o Conselho Federal de Medicina (CFM) diz: "Em lugar de soluções desse tipo, o Estado deveria propor respostas efetivas para melhorar a assistência prestada pelo Sistema Único de Saúde (SUS)".

Para o governo – comenta o referido editorial –  "pouco importa a força desses argumentos, porque seu principal interesse, no caso do 'Mais Médicos', está no efeito político e eleitoral do programa".

Veja-se este noticiário sobre a presença do atual Ministro da Saúde em Campo Grande (MS), extraído do site da CFM (12-6-14): "Ao saber que estava sendo aguardado por aproximadamente 300 manifestantes entre acadêmicos de medicina e médicos, o ministro da Saúde Arthur Chioro mudou o local onde realizaria um seminário para falar sobre o programa 'Mais Médicos'. Agendado para acontecer no Palácio Popular da Cultura, o evento foi transferido repentinamente para a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul. A tropa de elite da polícia Militar (Bope) foi chamada para restringir a entrada dos manifestantes, deixando o acesso livre apenas para prefeitos e secretários municipais de saúde".

Rosana Leite de Melo, primeira secretária do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM-MS), comentou: "Estamos extremamente indignados, é uma quebra da democracia. Ficou muito claro que o ministro fugiu da gente".

Segundo o presidente do CRM-MS, Alberto Cubel Brull Junior, é um absurdo o ministro se apresentar para falar sobre o "Programa Mais Médicos" e ignorar as reivindicações da classe médica. "Não podemos deixar que utilizem a saúde pública para fazer propaganda eleitoral mentirosa".

Se dependesse só do "Mais Médicos", parece que nenhum candidato do PT seria eleito...

 

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

  
 

 
 
 

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O que é a intrigante e ameaçadora "dualidade de poderes"?


19-07-2014
O que é a intrigante e ameaçadora "dualidade de poderes"?

Leo Daniele (*)

Sempre é bom recordar: o comunismo tomou o poder na Rússia em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. Como foi que isso se deu?

É interessante analisá-lo em câmara lenta. Numa primeira fase, houve uma dualidade de poderes. Na capital da Rússia estava o poder oficial, mas havia no front um poder paralelo que ia aos poucos ganhando força. Assim se estabeleceu a dvoevlastié (dualidade de poderes), a respeito da qual Lênin escreveu um estudo. (1) Infelizmente este foi pouco divulgado, exceto nas misteriosas células vermelhas, pois difundi-lo seria abrir o jogo.

Os dois poderes estavam em luta aberta, até que a dualidade de poderes deixou de convir ao comunismo, que havia ganhado força. Mudou-se então a palavra de ordem para "todo poder aos sovietes"; terminando assim a dualidade e iniciando a unicidade absoluta da ditadura vermelha no país.

Hoje, em países como a Colômbia, a guerrilha ocupa regiões inteiras. -- Seria uma repetição da tristemente famosa dvoevlastié(2) que precedeu a tomada do poder na Rússia pelo comunismo?

No Brasil, um pouco por toda parte, a organização social interna vai sendo minada pela incrível expansão da violência urbana. E não raro, os bandidos estão melhor armados que as polícias!

Em tais situações, estabelece-se de certa forma  algo ao modo da dvoevlastié russa, uma crônica dualidade de poderes. Há um poder paralelo difuso, que ordinariamente não tem caráter institucional nem se localiza em parte alguma como poder (por enquanto!), mas que mina a estabilidade do País.

Afirma o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, em matéria reproduzida  na revista Catolicismo de julho de 2014: "Fica assim instituído um sistema paralelo de poder, que consagra na prática uma ditadura do Executivo, na pessoa do Secretário-Geral da Presidência da República, atualmente o ex-seminarista Gilberto Carvalho, quem habitualmente faz a ponte entre o governo e a CNBB" (Comunicado do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, em 22 de junho de 2014).

-- O que resultará daí? O futuro a Deus pertence. Como diz o Comunicado supra, o decreto nº 8.243 vai operar uma "transformação radical nas instituições do Estado de Direito", e poderá abrir as portas para "a tão almejada fórmula do atropelo e do arbítrio, típica dos regimes bolivarianos".

Deus nos livre de uma dvoevlastié nacional, mas que ela não está distante é um fato!
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   1. V. I. Lênin, La Dualidad de Poderes, Obras escogidas, Ed. Progreso, Moscou, 1970, 2, p. 40 ss.
    2. Ver François-Xavier Coquin, La Révolution Russe, PUF, Paris, 1974, p. 37 ss
(*) Leo Daniele é escritor e colaborador da ABIM.

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)