terça-feira, 21 de setembro de 2010

A lenda do Dragão e da dragoa que diziam que era o que não era...

Já disse aqui que a unanimidade é burra e a acrescento que quem acredita em pesquisa é por que não entende nada da vida!
Nunca na história da politica, seja nacional ou mundial, ocorreu um fenômeno como o que está ocorrendo no Brasil. Uma figura, nada política, com um passado nenhum pouco alinhado com a politica tradicional, apenas por ser indicada por um presidente que continuou a gestão economica de seu antecessor e passando maior parte do periodo de governo viajando para o exterior, vindo ao Brasil apenas para inaugurar obras feitas pela iniciativa privada pois, as do PAC só 30% foram inauguradas e... algumas inacabadas, chega a um nível de aceitação surpreendente. Nem Getúlio Vargas, o político mais popular no Brasil, chegou a tanto.
Expliquem-me como isso está ocorrendo?
Conta uma lenda muito antiga dos povos nordicos que um Velho e aloprado dragão se apaixonou por uma bela e jovem princesa. O rei e a rainha não concordaram com a união, mas o dragão tão simpatico e aloprado já havia conquistado a simpatia de todos. Os sacerdotes diziam que o Rei e a Rainha deveriam aceitar a união pois era um sinal de reconciliação (tantos anos perseguindo os dragões e agora, um se torna genro do rei...) O Rei morreu. O Dragão assumiu. Começou por encher os principais cargos de dragãozinhos amigos dele. Aumentou o imposto e a fiscalização e distribuiu algumas migalhas aos pobres e enviou poupudas gorgetas aos arautos que cantavam as notícias pelo reino. Um belo dia nasceu a princesinha, filha do dragão e da princesa filha do falecido Rei. Feia, desengonçada, arreganhada, antipatica. Mas por ordem do Dragão e dos dragãozinhos colocados nos postos chaves do país e com muitas moedas distribuidas aos arautos do dragão, começaram a dizer ao povo que ela era linda, maravilhosa, não tinha o bafo que falavam, nem soltava fogo pelas ventas, mas era doce e suave como deve ser uma princesa; e como prova disso o Rei ia aumentar as migalhas um pouquinho mais. Ficaram todos contentes. O povo acreditou, ou fingiu que acreditou. A força da moeda distribuida entre os donos dos arautos e a força das migalhas distribuidas aos pobres fez o reino acreditar que a dragoa era o que não era.
Como termina a lenda?
Podem acreditar, mas terminou exatamente como terminaram as histórias de Hitler, Stalin, Danton, Robespierre, e todos os tiranos nascidos da vontade popular adormecida e anestesiada pela propaganda de arautos bem pagos e de migalhas distribuidas aos pobres.
Mauro Demarchi