sexta-feira, 26 de novembro de 2010

L'Italia in Brasile - Musica Italiana - 'Ci vuole un Fiore' - Cantam o Coro do Zecchino d'Oro & Sergio Endrigo

L'Italia in Brasile - Musica Italiana - 'Ci vuole un Fiore' - Cantam o Coro do Zecchino d'Oro & Sergio Endrigo

Musica Italiana

Ci vuole un Fiore

( Cantam: Coro dello Zecchino d'Oro & Sergio Endrigo )
( Autores: L. Enriquez Bacalov - S. Endrigo - G. Rodari - 1975 )


A China do Futuro e o Futuro é Hoje...

Mais uma matéria interessante que recebi por email. Realmente, há muito tempo isso acontece e começou com os produtos 1,99. A escravidão chinesa foi sustentada pelos ocidentais como o foi a escravidão soviética. Agora, estamos numa fase de transição: os produtos melhoraram de qualidade e estão atraindo marcas famosas, em breve veremos o que o autor fala em seu artigo.



 por Luciano Pires
 Luciano Pires é diretor de marketing da Dana e profissional de comunicação 

Alguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões...
 A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é  impressionante.
 Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas...
 Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
  Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares.
 Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo que acrescidos de impostos e benefícios representam quase 600 dólares.
 Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios.... estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a...

 Horas extraordinárias? Na China...? Esqueça !!!
 O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada  por isso...
  Atrás dessa "postura" está a grande armadilha chinesa.
 Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia " poder" para ganhar o mercado ocidental .
  Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor":a marca.
  Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos da América um produto "made in USA".
 É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.
  As Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas de dólares...
 Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.
 Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que pode-se chamar de "estratégia preçonhenta".
  Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo.
  Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com os designes...suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.
  Em breve, por exemplo, já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.
  Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde demais.
 Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.
Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.
Dragão este  que aumentará gradativamente seus  preços, já que será ele  será quem ditará as novas leis de mercado pois será quem manda  pois terá o monopólio  da produção .
Sendo ela e apenas ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados e não os "preçonhentos".
Iremos, nós e os nossos filhos,netos... assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica... chinesa.
Nessa altura em que o mundo ocidental  acordar será muito tarde.
Nesse dia, os executivos "preçonhentos" olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando boliche no clube da esquina, e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.
E então lembrarão, com muitas saudades, do tempo em que ganharam dinheiro comprando "balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas- grifes "aos seus conterrâneos.
E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas....

 REFLITAM E COMEÇEM A COMPRAR - 
 -  OS PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS, PELA SOBREVIVENCIA DO SEU AMIGO, DO SEU VIZINHO E ATÉ MESMO DA SUA PRÓPRIA... E DE SEUS DESCENDENTES.  

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que eu penso.

Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva
Muita gente está com uma expectativa bastante negativa no que diz respeito ao governo de Dilma Roussef. Eu não. As pessoas que não votaram nela acreditam que muitas coisas que não foram tratadas na campanha (e que não são do agrado geral) podem, agora, aparecer como pontos de destaque no programa de governo. Um exemplo: a volta da CPMF.
Nenhum dos dois candidatos do segundo turno fez qualquer menção quanto à necessidade de fazê-la voltar. Dona Dilma, agora, como se não tivesse nada com isso, já disse que é uma iniciativa dos governadores e que ela não enviará mensagem para o Congresso a respeito.
O Senador Sarney, por sua vez, já adiantou que o Parlamento pode tomar a iniciativa. Vai daí... Outra coisa, bastante significativa, foi notícia publicada no Correio Braziliense (Coluna do Ari Cinha, de 07 de novembro de 2010, domingo) quanto à existência de uma proposta de emenda constitucional (PEC) já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça: em caso de vacância na Presidência da República, o vice não pode substituir definitivamente o titular. A idéia é nova eleição. Como a Dona Dilma - democrata desde sempre, mesmo nos tempos em que militava em organização dedicada a atos de terrorismo - vai respeitar e nunca peitar um Congresso dócil, como sempre desejou ter seu mentor e inventor Lula da Silva, não será difícil conseguir a aprovação. Até porque seu vice é do PMDB, partido absolutamente sem apego ao poder, como todos sabemos, e não se incomodará com não chegar ao topo. Mesmo na planície, o PMDB sempre se aliou às alturas. Aliás, Deus a livre e guarde, em caso de recidiva do câncer que atacou a hoje presidente eleita, havendo nova eleição por falecimento da titular, o PT poderá lançar novamente adivinhemos quem: Luís Inácio Lula da Silva !!!!! Além disso, temas que foram escamoteados na campanha e nos debates, como o do aborto, apoio às pretensões do MST e controle da imprensa, para não espantar os eleitores, também podem ser ressuscitados.
Minha esperança, contudo é que nada disso aconteça e Dona Dilma siga impávida em sua trajetória gloriosa de presidente. Por que ? Porque ela em, no máximo, seis meses terá livrado a nação brasileira da nefasta influência de seu criador. Se é verdade que ela é autoritária e arbitrária (tantos são os casos divulgados que a gente acaba acreditando), não se sujeitará à tutela de ninguém. Se já gritava com e até destratava outros ministros e funcionários graduados em reuniões de serviço, não há de ser um metalúrgico ( que alguns dizem ser chegado a libações alcoólicas ) de pouca instrução que vai mandar nela. Todos conhecemos a inabilidade do Lula em seus pronunciamentos, provamos de sua incontinência verbal, de suas piadas inoportunas e até mesmo de alguns pequenos palavrões que - nas transcrições oficiais para arquivos - apareciam como "inaudíveis". Não deixará de ser assim, se Dona Dilma o contrariar. Só que ela, do pedestal de sua grandeza, não terá obrigação de aturar. Aí, ele, mais vaidoso que pavão fantasiado de destaque em escola de samba, tentará inviabilizar o governo dela, achando-se ainda detentor de uma popularidade enorme ( em que eu nunca acreditei ) e com total controle do PT. Como o PT mostrou-se partido de boquinhas e bocões, não creio que aceite perder suas posições e seus medalhões voltem a ser lanterneiros, pintores de auto, caixas de banco, petroleiros de plataforma, vigilantes ( todas profissões honradíssimas, mas que não pagam os salários polpudos desses sebraes e fundos de pensão da vida). Sempre haverá quem seja grato a Lula e aí se farão as divisões de uma agremiação que já é cheia de alas, tendências e correntes. Se o preço da eleição de Dona Dilma for, realmente, o ostracismo do Lula e a desestruturação do PT, haverá espaço para que uma oposição honesta ( e não tão incompetente quanto a que conduziu a campanha do José Serra) escolha um líder de fato para conduzir nosso Brasil a seu destino de grande nação.
É o que eu penso. E rezo muito para que aconteça.
Brasília, DF, 09 de novembro de 2010.
Gen Div Murillo Neves Tavares da Silva
Autorizada a reprodução, divulgação e impressão, desde que conservado o nome do autor.

O risco do PT virar PMDB | Análise

O risco do PT virar PMDB | Análise

O nome do lugar do evento não poderia ser mais sugestivo: Centro de Convenções Brasil 21. O momento também não poderia ser mais propício: o auge das negociações para indicação dos políticos que formarão o novo governo. É com olho nesse futuro imediato que, na manhã dessa sexta-feira, 20 de novembro, o Partido dos Trabalhadores reúne em Brasília os 81 integrantes de seu diretório nacional. O encontro será aberto pela presidenta eleita Dilma Rousseff e sucedido por outro, à tarde, com os 21 membros da executiva nacional. Os dirigentes estarão lá para definir, digamos, as oportunidades estratégicas para o PT, mas a ansiedade de cargos vivida por muitos de seus líderes traduz na realidade um risco no médio prazo: o do PT, no lugar de modificar o PMDB, começar a se assemelhar a ele.

A peemedebização do PT é um processo facilitado pelo término do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem a constante presença do líder popular, os parlamentares do PT tendem a ver na máquina pública a melhor alavanca para, na próxima eleição, garantir os prefeitos que, por sua vez, irão assegurar o apoio à recondução de mandatos de deputados e senadores.

Assim se move a roda-viva da maioria dos partidos, mas ela é praticamente lei no PMDB: quanto mais prefeitos têm um parlamentar, mais forte ele é. Quanto mais forte ele for, mais cargos poderá pleitear. Quanto mais indicados tiver nos ministérios e nas empresas estatais, mais recursos levará para as cidades de seu Estado. E quanto mais recursos levar, mais prefeitos fará na eleição seguinte.

Há oito anos, o PT desembarcou em Brasília, após uma longa vida na oposição, procurando nomes com capacidade técnica e experiência para tocar o dia a dia da máquina pública. Dilma Rousseff, por exemplo, chegou indicada por um dos grandes amigos de Lula, o ex-governador Olívio Dutra, pela sua passagem no governo do Rio Grande do Sul. Hoje, o partido tem confiança nos quadros que produziu e eles são muito mais numerosos que antes.

No PT, a presença de Lula não abrandava necessariamente o desejo por cargos, mas servia de paliativo a descontentes. Havia frequentemente uma luta pela simpatia do presidente, já que ela garantia apoio no partido, sustentação do governo e transferência eleitoral. A capacidade de articulação de Lula fabricou candidatos, como em São Paulo, e sepultou candidaturas, como em Minas Gerais. Seu nome era elemento de convencimento eleitoral: levar o presidente ao município, aparecer com ele no horário eleitoral e tê-lo como padrinho serviu de garantia para uma boa largada na eleição. Assim, podia-se ser bem sucedido nas urnas sem que para isso fosse necessário ter muitos cargos ou verbas.

Ao final do mandato, Lula estará aí, e ele já indicou que continuará fazendo política partidária. Mas sem o poder de retaliação imediata da máquina do governo, seu peso será menos decisivo nos embates internos. Ficará mais difícil convencer o PT de Minas, por exemplo, a abrir mão de uma candidatura viável em favor de um nome de outro partido.

É por isso que muita gente no PT anda tão ansiosa. Já são quatro os nomes do partido que desejam se lançar à Presidência da Câmara. E todos foram surpreendidos pela jogada do PMDB de montar um blocão com partidos menores para voltar a ter, no plenário da Casa, a maioria que perdeu nas urnas.

No manual do parlamento, ensina-se que existem os cargos de poder, de visibilidade e de dinheiro. Apenas como exemplo: ministro-chefe da Casa Civil é um cargo de poder, líder do governo no Congresso é de visibilidade e diretor financeiro de algumas estatais fica na terceira categoria. As presidências da Câmara e do Senado reúnem os três benefícios.

Ter sob seu controle o maior número de cargos e verbas passa agora a ser o melhor caminho para a bancada do PT enfrentar a queda de braço com os outros partidos da coalizão governista, especialmente PMDB e PSB. No primeiro round, o PMDB ganhou com a formação do “blocão”. Pode ser que o PT use a reunião dessa sexta-feira para deflagrar uma revanche usando as mesmas armas e apetite. Nesse caso, a derrota, além de má conselheira, será elemento catalisador do processo de peemedebização do PT.

Autor: Luciano SuassunaTags: , , , , ,

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aquecimento Global: fraude pseudo científica.


Sem Medo da Verdade
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 122 - 16/11/2010
www.paznocampo.org.br
linhagrossa

Caso não esteja visualizando o texto deste boletim, acesse através do endereço:
http://www.paznocampo.org.br/boletim

Prof. Harold Lewis: aquecimento global é a "maior e mais bem sucedida fraude pseudocientífica que eu já vi em minha longa vida de físico"

 

Harold Lewis, professor emérito de física da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, renunciou à Sociedade Americana de Física.

O número de títulos do catedrático é como que infindo. Seguem em inglês:

Harold Lewis is Emeritus Professor of Physics, University of California, Santa Barbara, former Chairman; Former member Defense Science Board, chairman of Technology panel; Chairman DSB study on Nuclear Winter; Former member Advisory Committee on Reactor Safeguards; Former member, President's Nuclear Safety Oversight Committee; Chairman APS study on Nuclear Reactor Safety Chairman Risk Assessment Review Group; Co-founder and former Chairman of JASON; Former member USAF Scientific Advisory Board; Served in US Navy in WW II; books: Technological Risk (about, surprise, technological risk) and Why Flip a Coin (about decision making)

Eis o texto da carta feita pública pelo próprio professor Hal Lewis.

De: Hal Lewis, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara

Para: Curtis G. Callan Jr., da Universidade Princeton, presidente da Sociedade Americana de Física

6 de outubro de 2010

Caro Curt:

Quando eu ingressei na American Physical Society há sessenta e sete anos atrás ela era muito menor, muito mais delicada, e ainda não corrompida pela inundação de dinheiro (uma ameaça contra a qual Dwight Eisenhower advertiu há meio século).

Na verdade, a escolha da física como profissão era, então, uma garantia de uma vida de pobreza e de abstinência. Foi a Segunda Guerra Mundial que mudou tudo isso. A perspectiva de ganho mundano levou alguns físicos.

Tão recentemente quanto 35 anos atrás, quando eu presidi o primeiro estudo APS de uma controversa questão social/científica, o The Reactor Safety Study, embora houvesse fanáticos em grande quantidade no exterior não havia indício algum de pressão descabida sobre nós como físicos. Éramos, portanto, capazes de produzir o que eu acredito que foi e é uma avaliação honesta da situação naquele momento.

Estávamos ainda reforçados pela presença de uma comissão de fiscalização composta por Pief Panofsky, Vicki Weisskopf e Hans Bethe, todos eles físicos proeminentes e irrepreensíveis. Fiquei orgulhoso do que fizemos em uma atmosfera carregada. No final, a comissão de fiscalização, no seu relatório ao Presidente APS, observou a total independência em que fizemos o trabalho, e previu que o relatório seria atacado pelos dois lados. Que melhor homenagem poderia haver?

Quão diferente é agora. Os gigantes já não caminham sobre a terra, e a inundação de dinheiro tornou-se a razão de ser de muita pesquisa em física, o sustento vital para muito mais, e fornece o suporte para um número incontável de empregos profissionais.

Por razões que logo ficarão mais claras o meu orgulho em ser um ex-companheiro APS todos esses anos foi virando vergonha, e eu sou forçado, absolutamente sem prazer, a oferecer-lhe minha renúncia da Sociedade.

É claro, o embuste do aquecimento global, com os (literalmente) trilhões de dólares que corromperam muitos cientistas, e levou a APS como uma onda gigantesca.

É a maior e mais bem sucedida fraude pseudocientífica que eu já vi em minha longa vida de físico. Qualquer um que tenha a menor dúvida de que isto é assim deve se esforçar para ler os documentos do Climategate, que a colocam a nu. (O livro de Montford organiza os fatos muito bem.) Eu não acredito que qualquer físico verdadeiro, mesmo o não cientista, pode ler esse material sem repulsa. Eu quase gostaria de fazer dessa repulsa uma definição da palavra cientista.

Então, o que tem feito a APS, enquanto organização, em face desse desafio? Ela aceitou a corrupção como a norma, e se deixou levar por ela. Por exemplo:

1. Há um ano, alguns de nós enviamos um e-mail sobre o assunto para uma fração da sociedade. A APS ignorou os problemas, mas o então presidente iniciou imediatamente uma investigação hostil para saber onde nós obtemos os endereços de e-mail. Em seus melhores dias, APS acostumava incentivar a discussão das questões importantes, e de fato a Constituição fixa isso como seu objetivo principal. No more. Não mais. Tudo o que foi feito no ano passado foi projetado para silenciar o debate.

2. A espantosamente tendenciosa declaração da APS sobre a Mudança do Clima aparentemente foi escrita às pressas por algumas pessoas durante o almoço, e certamente não é representativa dos talentos dos membros da APS como eu os conheço há muito tempo.

Então, alguns de nós pedimos ao Conselho que a reconsidere. Uma das notas de (in)distinção na Declaração foi a envenenada palavra "incontrovertível", que se aplica poucos pontos na Física, e certamente não à questão climática. Como resposta a APS nomeou um comitê secreto que nunca conheci, que nunca incomodou-se em falar com algum "cético" mas, no entanto, aprovou a Declaração na íntegra. Eles admitiram que o tom havia sido um pouco forte, mas, engraçado, eles conservaram a palavra envenenada "incontrovertível" para descrever os fatos, posição que ninguém sustenta. No final, o Conselho manteve a declaração original, palavra por palavra, e aprovou um texto muito mais "explicativo", admitindo que havia incertezas, mas pondo-as de lado para dar a aprovação genérica ao original.

A Declaração original, que ainda permanece como a posição APS, também contém o que eu considero um conselho pomposo e asinino a todos os governos do mundo, como se a APS fosse mestre do universo. Não o é, e estou envergonhado que nossos líderes pareça pensar que o é. Isso não é diversão nem jogos, essas são questões sérias que envolvem largos setores de nossa essência nacional, e a reputação da Sociedade enquanto sociedade científica está em jogo.

3. Nesse ínterim, o escândalo do Climategate irrompeu no noticiário, e as maquinações dos principais alarmistas foram reveladas ao mundo. Foi uma fraude em uma escala que nunca vi, e eu não tenho palavras para descrever sua enormidade. Qual foi o efeito sobre a posição APS?: nenhum. Nada mesmo. Isso não é ciência; há outras forças que estão agindo.

4. Então, alguns de nós tentamos atrair a comunidade científica para o fato (que é, afinal, a finalidade histórica pretendida pela APS) e coletamos as 200 assinaturas necessárias para apresentar ao Conselho uma proposta de um grupo de tópicos sobre Ciência Climática, achando que a discussão aberta das questões científicas está na melhor tradição da física, que seria benéfica para todos nós, e também seria uma contribuição para a nação. Eu poderia observar que não foi fácil coletar as assinaturas, uma vez que nos negaram o uso da lista de membros APS. Em qualquer caso nós agimos em conformidade com as exigências da Constituição da APS, e descrevemos com muitos detalhes o que tínhamos em mente, simplesmente para trazer o assunto à tona.

5. Para nosso espanto, a Constituição que se dane, o Sr. se recusou a aceitar nosso pedido, e fez uso de seu próprio poder sobre a lista de discussão para realizar uma pesquisa sobre se os membros tinham interesse numa TG sobre o Clima e o Ambiente. Você perguntou aos membros se eles assinariam uma petição para formar um TG sobre um tema ainda a ser definido e não forneceu formulário para petição alguma, assim você recebeu um monte de respostas afirmativas. (Se você tivesse perguntado sobre sexo teria obtido mais expressões de interesse.) Não saiu, naturalmente, nenhum pedido ou proposta, e você agora lançou um parte do Ambiente, de maneira que toda a questão ficou discutível. (Qualquer advogado teria te explicado que você não pode coletar assinaturas para uma petição vaga e, em seguida preencher com o que você quiser.) O objetivo de toda essa manobra foi evitar sua responsabilidade constitucional de encaminhar nossa petição ao Conselho.

6. A partir de então você montou um outro comitê segredo para organizar a sua própria TG, simplesmente ignorando a nossa petição legal.

A direção da APS driblou o problema desde o início, para suprimir a conversa séria sobre o mérito das reivindicações sobre alterações climáticas. Você se espanta que eu tenha perdido a confiança na organização?

Eu sinto a necessidade de acrescentar uma nota, e isso é conjectura, pois é sempre arriscado discutir os motivos das outras pessoas. Esta intriga no quartel geral da APS é tão bizarra que não pode haver uma explicação simples para ela. Alguns defendem que os físicos de hoje não são tão espertos como costumavam ser, mas eu não acho que isso seja um problema.

Eu acho que é o dinheiro, sobre o qual exatamente Eisenhower alertou meio século atrás. De fato, há trilhões de dólares envolvidos, para não falar da fama e da glória (viagens frequentes para ilhas exóticas) para quem é membro do clube. Seu próprio Departamento de Física (do qual é presidente) iria perder milhões por ano se estourasse a bolha de sabão do aquecimento global.

Quando a Universidade Estadual da Pennsylvania absolveu Mike Mann de delito, e a Universidade de East Anglia fez o mesmo com Phil Jones, elas não podem ter tido desconhecido as sanções pecuniárias que sofreriam se faziam o contrário. Como diz o velho ditado, você não precisa ser um meteorologista para saber para que lado o vento está soprando.

Posto que eu não sou filósofo, eu não vou explorar até que ponto o auto-interesse esclarecido cruza a fronteira da corrupção, porém uma leitura atenta dos noticiário do Climategate deixa claro que esta não é uma questão acadêmica.

Eu não quero parte nenhuma nela, por isso, peço-lhe aceitar a minha demissão. A APS já não me representa, mas espero que ainda nós sejamos amigos.

Hal

(Fonte: "The Telegraph", October 9th, 2010).

 




Sem medo da verdade
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fwd: Por que será que os Portugueses não anunciaram antes a descoberta do Brasil?

Desde 1490: portugueses no Brasil

Por mais que Afonso Schmidt queira esconder-se na pele do simples ficcionista, sua última novela, O Enigma de João Ramalho, a começar do título, representa a colocação de um problema histórico. Primeiro lançamento do Clube do Livro neste ano, traz um prefácio do diretor da editora. Nesse prefácio, que habitualmente tem o título modesto de "nota explicativa", Mário Graciotti explica que Schmidt "Não só apresenta uma tese arrojada e atraente, a de que os portugueses do século XV já teriam povoado, em 1490, antes mesmo de Colombo, as terras americanas, mas ainda nos recorda a remota e presente figura de João Ramalho

Texto de Herculano Pires. Fotos de Álvaro Costa

Schmidt escreve a sua novela, por assim dizer, na "linha justa" do parecer de Theodoro Sampaio, aprovando a tese de João Mendes Júnior, quanto à origem judaica de Ramalho. O futuro alcaide-mór de Santo André e de São Paulo de Piratininga é apresentado como expulso de Portugal num grupo de marranos, ou excomungados, que são enviados para longe. A caravela portuguesa que os traz vem abandoná-los no litoral paulista. E começa então a posse da América pelos portugueses, embora degredados.

Graciotti, que há tempos vem investigando os primórdios da navegação portuguesa, tendo escrito primorosos capítulos sobre as caravelas, em seu livro de viagem a Portugal, recentemente premiado em Lisboa, apóia a tese de Schmidt. E pergunta: "Por que D. João II não ajudava Colombo, se Portugal tinha quase setenta anos de domínio do Atlântico e ardia na febre dos descobrimentos? A resposta estaria aqui, nas páginas do romancista, como esteve, outrora, no famoso testamento de João Ramalho: em 1490, portugueses já povoavam de quilhas e de homens os mares e as terras americanas".

Enigma do nome - João Ramalho é enigma a partir do nome. Por que Ramalho, se conhecemos a sua procedência, como filho de João Velho Maldonado? Schmidt explica assim o novo nome: "Os da paróquia alcunharam-no de Ramalho ou Ramalhudo, numa alusão às barbas, bigodes e cabelos arrepiados". Um apelido que lhe fora posto em Vouzela, sua vila natal, onde o futuro patriarca se casara com Catarina Fernandes.

Esse Ramalhudo estava destinado a varar mundo e deitar seus ramos além-mar, em terras desconhecidas. Deixaria Catarina no termo de Coimbra, chorando o desterro do marido, para casar-se no Planalto com uma princesa indígena, Bartira ou Potira, filha do rei Tibiriçá. E uma vez conquistada a nova terra, nela se manteria como um agente da política secreta de D. João II, a que se referem Jaime Cortesão e Pedro Calmon. Tornando-se genro do Rei, o marrano Ramalho assumia a posição de príncipe-regente, como depois a história no-lo apresenta, em seu domínio fortificado de Santo André da Borda do Campo.

Pode parecer estranho que um degredado de origem judaica assumisse as funções, embora de maneira forçada, de representante secreto do monarca português nas terras virgens. Mas acontece que a política de D. João II, no tocante aos judeus, era mesmo ambivalente. Admitiu-os em Portugal e chegou a dar-lhes incumbências importantes, antes que se desencadeasse a perseguição religiosa que roubou ao País a glória de ter como seu filho o filósofo Espinosa. Não admira, pois, que atendendo aos interesses momentâneos do Reino, mandasse osmarranos para fora, mas deles se utilizasse na distância.

Enigma da assinatura - As atas da Vila de Santo André da Borda do Campo, atas da Vereança, de que nos restam apenas "um rendilhado feito pelas traças", deixam ver, entretanto, dezenove assinaturas de João Ramalho, figurando em todas elas o sinal-distintivo do kaf judaico. Alguns admitem que as assinaturas são apenas o nome dos vereadores, escritos pelo escrivão, mas Schmidt entende que há poucas possibilidades de haver escrivães disponíveis na vila, e propõe: "Segundo parece, quem escrevia seus nomes era João Ramalho. No entanto, o alcaide-mor, ao lançar a sua rubrica, riscava com pulso firme aquela ferradura deitada, com a abertura voltada para a esquerda. Era o kaf, a sua derradeira afirmação de judeu".

kaf, letra hebraica, equivale ao kapa grego e ao nosso k, hoje banido do alfabeto. Em reportagem anterior mostramos a importância que Horácio de Carvalho deu ao aparecimento dessa letra na assinatura de Ramalho, como sinal cabalístico, indicativo da posição do patriarca na Ciência Secreta Hebraica. Esse sinal era ao mesmo tempo um talismã, que dava poder e abria caminho à riqueza. Daí João Ramalho usá-lo na assinatura, como o auxílio secreto de que dispunha para enfrentar a terra nova e seus perigos, bem como a ambição e as ameaças constantes dos homens brancos que chegavam, cada vez em maior número.

Enigma de Schmidt - Diante desses enigmas, e de todos os que cercam a figura semi-lendária de João Ramalho, o escritor Afonso Schmidt se coloca também numa posição enigmática. Recusa-se a tomar uma decisão como historiador, limitando-se a dizer e a escrever que nada mais fez do que uma "novelazinha fantasiosa". Mas, no posfácio que escreveu para a novela, recomenda aos interessados o exame do parecer de Theodoro Sampaio sobre o caso do kaf.

Schmidt não quer complicações. Evita provocar debates históricos. Lembra que escreveu muitas outras novelas do mesmo gênero, sem pretensões a firmar ou defender teses. Mas é evidente que a sua novela coloca novamente em foco o "Enigma de João Ramalho", como se vê do próprio título do livro. O Patriarca de São Paulo - apontado também como o verdadeiro fundador da cidade, como o fez ainda agora o poeta Guilherme de Almeida, em crônica publicada no jornal O Estado de S. Paulo - continua, assim, a desafiar os investigadores e os estudiosos de nossos problemas históricos.

Política secreta de D. João II: povoar o Brasil antes da descoberta




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Mauro Demarchi
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Uma análise das Eleições para Presidente.

Analisando os resultados das Eleições, e em especial, do segundo turno, podemos concluir que:
a) Dilma e Lula foram obrigados a recuar em suas propostas abortistas e esquerdistas. Quem obrigou? A necessidade de passar uma imagem diferente da que vinha tendo no primeiro turno. Esse recuo foi a razão da vitória. A campanha petistas dirigida em redes sociais em nada teria resolvido se o discurso dos dois continuasse o mesmo. O resuldado teria sido uma derrota maior.
b) Dilma não ganhou a eleição. Lula ganhou a eleição para Dilma.
c) Lula ganhou aa eleição para Dilma nas regiões mais pobres usando o medo, isso mesmo, o Medo. O medo de perder o bolsa família caso não votassem no PT. Essa declaração foi feita por uma senhora nordestina no primeiro turno durante a propaganda oficial da própria candidata do Lula.
c) Os 80 % de aprovação que o governo dizia ter que tinha ficou reduzido a uma ninharia. O que pareceria fácil no primeiro turno demandou muito esforço para conseguir 53% num segundo turno. Se houvessem mais candidatos no segundo turno, não haveria chance da Dilma vencer.
d) Nas regiões que somadas forma 70% do PIB Lula não elegeu sua candidata pois é a região que produz o dinheiro e sabe o que o governo está fazendo em matéria de impostos, fiscalização e cobranças. Nessa região não adiantou a militância militar o petismo, pois o resultado foi negativo para Dilma.
Mais do que festejar a vitória o governo deveria repensar completamente a sua política e buscar a plena efetivação das promessas de campanha. O Brasil andava adormecido e de repente acordou obrigando a esquerda a rever seu posicionamento para que a derrota não fosse mais vergonhosa.
Quem deve festejar, sim, é o Brasil que acordou e obrigou ao governo dar uma guinada na trajetória esquerdista que vinha tendo enquanto o Gigante dormia em berço esplendido.
Essa é uma lição que devemos aprender.
Vamos trabalhar para que o Brasil não volte a dormir; para que as classes mais baixas não fiquem com medo de perder um benefício em troca de votos; para que os intelectuais de esquerda deixem de manipular consciências e vontades; enfim, para que o Brasil não durma enquanto a corrupção política trabalha para estrangular as liberdades constitucionais.